sexta-feira, 20 de novembro de 2009

04/29/2005
O surgimento do anarquismo no Brasil
O anarquismo no Brasil é algo especial- é favorável em alguns pontos e desfavorável em outros. Ele derivou principalmente da literatura e experiências socialistas européias.
Seu desenvolvimento, contudo, resultou da própria experiência brasileira embora a evolução de sua teoria e prática tenha mudado de maneira semelhante à do movimento anárquico europeu. O lado ruim é a baixa instrução das massas populares, aqueles que sabem ler são a minoria e os que sabem escrever são mais raros ainda.
Edgar Rodrigu,es exalta que no Brasil, as primeiras experiências anarquistas foram antes mesmo da chegada dos imigrantes: nos quilombos. Lá, tudo era de todos, terras, produção agrícola e artesanal: cada um retirava o necessário.
Depois por volta de 1890, o sul do Bra,sil teve uma fracassada experiência anarquista, financiada pelo imperador.
No fim do século XIX, as aspirações anarquistas no Brasil ganharam vigor. A greve de 1917 foi comandada em sua maioria por anarquistas, a infinidade de jornais libertários da époc,a inclusive atestaram a força e organização dos anarquistas do Brasil na época.
A primeira iniciativa dos anarquistas brasileiros foi tentar expandir o seu trabalho através do voluntarismo. Os primeiros jornais anarquistas e anarco-sindicalistas tentara,m se sustentar apenas de contribuições, porém, os militantes eram poucos e não possuíam muitos recursos econômicos. Assim, poucos foram os jornais anarquistas que publicaram mais de cinco números, todos pediam exaustivamente contribuições em seus editoria,is. A terra livre, o jornal melhor sucedido antes da primeira guerra mundial, só editou setenta e cinco números em cinco anos. O tempo passava e os anarquistas procuravam um suporte financeiro mais eficaz, passaram a vender assinaturas; usaram de recursos, outrora considerados corruptos, como rifas e festas.
As teorias e táticas do anarco-sindicalismo infiltraram se no Brasil através de livros do teóricos sindicalistas residentes na França. Como em todos países onde penetraram essas teorias difundiram se,no Brasil através da imprensa, de panfletos, e das decisões dos congressos operários dominados por anarco-sindicalistas.
"A ação direta era a bandeira do sindicalismo revolucionário" . Cada ação direta, greves, boicotes, sabotagens, etc, era considerada, um meio dos trabalhadores aprenderem a agir de uma maneira solidária na sua luta por melhores condições de trabalho, contra o seu inimigo comum, os capitalistas. Cada uma dessas ações diretas é uma batalha na qual o proletário conhece as necessidades da,revolução por meio de sua própria experiência. Cada uma delas prepara o trabalhador para aação final: a greve geral que destruirá o sistema capitalista.
Nestas ações, considerava violência algo aceitável, sendo justamente este o fato que distinguia o an,arco-sindicalismo das outras formas de sindicalismo brasileiras. A sabotagem, eram considerada especialmente eficaz para o proletariado, se não pudessem entrar em greve, estes, poderiam agredir seus exploradores de outra forma, empregando a filosofia de q,ue para um mau pagamento há um mau trabalho. A destruição de equipamentos tocaria no ponto fraco do sistema, pois as máquinas são mais difíceis de se substituir do que os trabalhadores.
Hoje em dia, ainda há no Rio e na Bahia jornais anarquistas, que pub,lica a história do anarquismo e edita anarquistas brasileiros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário