domingo, 31 de janeiro de 2010

Entrevista com a banda EXCOMUNGADOS/-\

1) Como e quando surgiu a banda?
Excomungados surgiu em 1.983, a idéia de montar a banda foi no clássico o Começo do Fim do Mundo, festival divisor de águas para o movimento punk que ocorreu em 82. Sarjeta foi formada em 2.000, antes chamava FDP´s. Montei a Sarjeta porque queria misturar mais sons, como ska e surf music junto ao punk rock, eram a mesma galera que tocava no FDP´s. No começo não tínhamos instrumentos próprios, então roubamos uma guitarra de uma banda gospel, pratos de uma banda de hardcorezinho modinha e um baixo de uma banda de new metal pula-pula. Éramos muito imaturos, mas de qualquer forma, se não fosse esta “comodato permanente” a coisa não teria rolado, não façam isso ok rsrrsrs.
2) O que vçs tentam passar nas letras de vçs?
Os temas são variados, a influência vem de tudo que acontece em nosso dia a dia, alguns temas são mais politizados, outros sem um cunho político, mas no final acaba se defrontando por ser conseqüência. A postura é muito honesta, pois essa rigidez vem da inclinação e vontade de agir do modo que se propõe, sem ceder em hipótese alguma. Mas sinceramente não tenho preocupação em chocar, pois minhas letras acontecem naturalmente, não é apenas destruir, mas principalmente em construir algo, e combater a falta de ideais e autenticidade dentro da arte em geral, está tudo errado, e temos que parar, e recomeçar tudo novamente. Somos animais políticos, não no sentido partidário, mas no sentido de política ser vida, são relações que vivemos o tempo todo. Se ignorarmos isso, seremos mais uma espécie de animais controlados, como gados.

3) Como são os shows de vçs?
Meu é muita doideira, já aconteceu muitas loucuras, coisas que as pessoas duvidariam kkkk. Já fomos pagos para não tocar, já quase nos mataram porque acharam que a gente era policia, Tem vez que fica um clima de perplexidade total diante das tosqueiras e bizarrices apresentadas pela banda. No festival A um Passo do fim do mundo, morreu um cara durante nossa apresentação, ele estava bêbado e pulou do palco, abriu a cabeça e morreu na hora, e como a gente estava com um globo na cabeça não vimos na, hora e não podemos ajudar, foi bem trash. Já caíram dois punks no meio do nosso som, enquanto tocávamos no teto do CRUSP, deu a maior confusão essa história ai. Ma as melhores histórias são de ver as pessoas agitando na paz, pirando junto com a gente, ver crianças, pessoas de mais idade, enfim, as positividades são o que nos mantém na ativa.
4) Além da banda vçs fazem outros projetos?
Eu tenho um estúdio, organizo eventos, escrevo para blogs, sou zineiro, colecionador de zines e flyers, estou fazendo um documentário sobre a história da cena punk de São Paulo, organizo o Sub Fest, era organizador do lendário Punkrusp, estou participando como ator num filme sobre a história dos punks na Rua Augusta. O Léo (sarjeta) tem um blog e um jornal, o Cultureira, que fala sobre cultura underground em geral. O Alê (Sarjeta) aluga aparelhagem para shows. O Xinês (Excomungados) tem o selo Corsários Discos, ele lançou Olho Seco, Invasores de Cérebros, DZK, Deserdados, Excomungados, coletâneas punks entre outras.
5) O espaço è seu.
Parabéns pela iniciativa, esta é um atitude muito foda de sua parte. Anarquia e saúde sempre! Vamos fazer crescer e melhorar nossa cena, isso depende de atitudes positivas como a sua. Nada é perfeito, mas não podemos nos acomodar, e nem deixar de lado nossos ideais. Coisas ruins têm em todos os segmentos da sociedade, mas nós somos a diferença. Abração a todos

4 comentários:

  1. isso aew , os caras sao fóda demais , e o blog tbm , precisamos de mais blogs que levam a informaçao underground para as pessoas , curti a iniciativa , curti o blog a pakas , anarquia sempre !! (A)

    ResponderExcluir
  2. Show de bola!
    Força para cena www.rockncena.com

    ResponderExcluir
  3. o fabio é um cara mto consciente da necessidade de intercâmbio de idéias e troca de informações entre os integrantes da cena underground e vem fazendo um excelente trabalho no sentido de divulgar essa necessidade e contribuir com ela fornecendo sempre suas idéias e dedicando seu tempo a isso. ele sempre soube dessa necessidade, seja pra fortalecer a cena ou pra fazer a moçada pensar e participar mais ativa e conscientemente dela. nota 10. flavia araujo

    ResponderExcluir